
Fizeste-me sem fim, pois esse é teu prazer. Esvazias continuamente este frágil vaso, e de novo sempre o enches de vida fresca.
Levaste por montes e vales esta pequena flauta de bambu, e nela sopraste melodias eternamente novas.
Ao toque imortal de tuas mãos, meu pequeno coração perde seus limites na alegria, e faz nascer inefáveis expressões.
Teus dons infinitos vêm a mim apenas sobre estas minhas tão pequenas mãos. Passa o tempo, continuas derramando, e sempre há lugar a preencher.
(TAGORE, Rabindranath. "Gitanjali" In Poesia mística. Tradução Ivo Storniolo. São Paulo: Paulus, 2003.)
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